segunda-feira, 20 de julho de 2020

Saúde e prevenção: na corrida de rua em época de Coronavírus



A partir de hoje ASCORG vai realizar uma série de entrevista com especialistas que estão na linha de frente no combate Covid-19. A busca destas informações é para melhor orientar os atletas com todos os cuidados que deve ter para dar continuidade aos treinamentos. Para começar hoje entrevistamos o Dr. Nilson S. Pereira, Pneumologista e um dos incentivadores da corrida de rua em nosso município. Confira logo abaixo:





1 – Devido a pandemia Covid-19, estamos vivendo um momento ímpar. O que é o Covid-19? 

O Coronavírus ele sempre existiu, nós temos 3 ou 4 tipos que sempre circulam durante o ano nos períodos de inverno, são grande família de vírus comum em espécies animais. Raramente infecta seres humanos. Em dezembro de 2019 houve transmissão de um novo Coronavírus (Sars-Cov2) na China com transmissão em seres humanos, chamado Covid-19.  

2 – A Covid-19 mudou a rotina dos atletas de vários esportes. Na corrida de rua não foi diferente, como é visto a prática de esporte neste período? Deve ser realizado ou deve ser evitado?

Isso mudou totalmente  nossa rotina, nossa vida, nós tínhamos esses quadros gripais, que geralmente tinham febre muito alta  pacientes com dor no corpo, e hoje em dia podemos ter esses casos de Coronavírus sem febre. Com os cuidados necessários, como uso de máscara, não correr em grupos, evitar aglomerações, pode ser realizado sem problemas. 


3 -  A prática da Corrida de Rua mesmo sendo individual é necessário o uso de máscara? Caso sim, Por quê?

Correr com segurança, o grande problemas na atividade física nós eliminamos vários, milhões de vírus no ambiente. Nós precisamos ter cuidado com as pessoas que nos cercam, com as pessoas que estão ao nosso arredor. Por isso que é totalmente contra indicado correr em grupos.  No momento que tivermos 3, 4, 5 correndo junto, se alguém tiver contaminado vai espalhar o vírus para os demais, e sempre correr com máscara. Agora se tivermos em local isolado, na campanha por exemplo, sozinho talvez seja dispensável a máscara. O grande problema é disseminação do vírus para  demais pessoas que estejam próxima.


4 -  No início da Pandemia  foi muito falado sobre as sequelas que poderiam afetar pessoas que vierem a ser contaminadas, um dos pontos citados era diminuição do VO2 máx, quais sequelas foram comprovadas e as que foram descartadas?

Ainda não sabemos se o paciente vai ter sequelas ou não. É uma doença nova, não temos ainda estudos mostrando que estes pacientes se terão certo grau de dificuldades de respirar no futuro. Nesses casos nós temos aqui, com vários envolvimentos bilaterais, provavelmente terão certo grau de fibrose pulmonar, talvez com restrição atividade física no futuro. É uma coisa que não tem como afirmar.


5 – Quem esta realizando treinamento, de que forma o atleta de proceder? Que tipo de treinamento é adequado? Pode ser realizado treinos longos e de intensidade alta?

Em relação atividade física, toda pessoa que tiver bem condicionada fisicamente pode realizar qualquer tipo de atividade que esteja treinado. Corridas curtas, corridas longas, qualquer tipo de modalidade esportiva desde que esteja realmente assintomático e muito bem preparado do ponto de vista, respiratório, que não esteja com quadro de asma bronquia descompensada ou um grau de lesão pulmonar prévia. Pacientes hígidos e assintomáticos não vejo problema nenhum de realizar atividades físicas, sejam elas longas, curtas e intensas ou não, desde que estejam bem preparados. 

6 – Na sua opinião, quando poderemos retornar os treinos e provas de modo coletivo?  

Acho que este ano esta perdido, eu não vejo, talvez até o final do ano possibilidade de aglomerações de pessoas em bailes, shows, eventos esportivos,seja que tipo de situação for, que tenham muitas pessoas. Enquanto não tivermos uma vacina definitiva, não teremos como fazer esses eventos com grande massa de pessoas, como por exemplo o futebol, com públicos no estádios, desfiles e carnaval, enfim, não vejo juntar muita gente, quando não temos como testar todo mundo, isso seria inviável nós termos testes para todos. Por exemplo, uma corrida com 50, 60 participantes, mais acompanhantes, teríamos que testar todos eles e ter certeza que não estariam com vírus, uma coisa que fica inviável.



Suas Considerções  finais e recados para os atletas gabrielenses


Não existe um tratamento definitivo ainda, nós temos visto muito na mídia, muito fake news, que este medicação funciona, aquela outra não funciona. As pessoas muitas vezes, comprando certos tipos de medicações para ter em casa. Na grande realidade nós não temos um tratamento definitivo, não temos estudos comprovando que a,b ou c, façam efeito. O grande tratamento que temos hoje me dia é a prevenção, nós temos que nos prevenir de não andarmos aglomerados, lavar as mãos frequentemente e usar sempre a máscaras quando sair de casa. E evitar o máximo, não ser por atividade profissional ou alguma coisa extremamente  necessária sair as ruas e evitar contato com as demais pessoas. As vezes nós levamos o vírus para dentro casa, para as pessoas mais idosas, 80% das pessoas, muitas vezes são acometidas com vírus, ou não sentem nada ou terão sintomas muito leves e serão vetores para disseminar o vírus para as demais pessoas. Portanto neste momento que estamos passando, que eu acho que vai continuar mais alguns meses é fundamental evitar aglomerações. O churrasco com 4 ou 5 pessoas, deve ser evitado, sair as ruas  com muita gente, eu vejo pessoas, nas praças todas aglomeradas e sem máscaras. Isso ai  é situação que faz prolifera muito o vírus. Muito obrigado a todos da ASCORG, um abraço a todos.

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